Espelho de Obsidiana Importada
Scrying, uma prática antiga de adivinhação através de superfícies reflexivas, tem raízes profundas em diversas culturas e, particularmente, no trabalho de John Dee, um ocultista do século XVI que usava espelhos negros em sua busca pelo conhecimento divino. Dee, conselheiro da rainha Elizabeth I, acreditava que poderia se comunicar com anjos e entidades superiores usando esses espelhos, e um de seus artefatos mais famosos é um espelho negro de obsidiana, um material que ressoa poderosamente com o xamanismo e práticas mágickas mesoamericanas.
A obsidiana, conhecida também como o “Espelho de Tezcatlipoca” na cultura asteca, simboliza o deus da escuridão, da adivinhação e das forças misteriosas. Tezcatlipoca era associado ao poder do espelho como uma janela para o mundo espiritual e o autoconhecimento. Os espelhos de obsidiana, portanto, não eram apenas objetos de scrying, mas ferramentas para se conectar com a essência do divino sombrio, representando a capacidade de ver o invisível e acessar uma percepção além do mundo físico.
No livro "Scrying for Beginners", Donald Tyson descreve um processo de construção de espelhos negros para acrying, um método que permite ao praticante criar uma ponte para outros planos. Ele sugere usar vidro comum pintado de preto no verso como um substituto para a obsidiana, mas ressalta que a própria obsidiana é uma poderosa escolha, devido à sua conexão natural com o subconsciente e sua densidade energética que facilita a concentração. Tyson também ensina que a preparação do espelho exige purificação e intenção claras, pois qualquer espelho deve estar alinhado com o propósito do praticante antes de ser usado.
A prática do scrying com espelhos de obsidiana exige habilidade e cuidado, pois a obsidiana é uma pedra de proteção, mas também de revelação profunda. Ela força o praticante a confrontar partes sombrias de si mesmo ou situações difíceis, revelando verdades duras.
Donald Tyson ensinava que gravar os signos ao redor do espelho negro de scrying serve para circunscrever e proteger o espaço mágico de trabalho, além de intensificar a conexão do espelho com os astros e as energias cósmicas. Ao gravar os signos astrológicos, o praticante está chamando as forças do zodíaco para atuarem como guardiãs e intermediárias, criando uma "janela segura" para olhar além do mundo físico.
A obsidiana utilizada é legítima e importada.
1600 R$
Triângulo Hekatino - Scrying
O conceito dele foi baseado em praticas hekatinas do exterior e também em achados arqueológicos como retratei na última imagem do produto.
Ao centro, uma obsidiana importada para que a peça seja usada para Scrying e outras práticas. Também faço com epítetos personalizados.
Contexto histórico:
Os Triângulos são artefatos associados à deusa Hekate, descobertos em antigas regiões da Anatólia. Encontrados em Sardes, Pergamon e Apamea, esses triângulos de bronze remontam ao período romano e apresentam a iconografia e os epítetos de Hekate. Cada um desses triângulos é adornado com três representações de Hekate, o que reforça a associação da deusa com o três e com o poder de intersecção entre os mundos.
Esses triângulos de bronze, recuperados em escavações arqueológicas, apresentam gravuras de Hekate, símbolos mágicos conhecidos como "charaktēres" (χαρακτῆρες) e epítetos gregos, indicando seu uso ritualístico. Cada triângulo parece destacar a natureza trina de Hekate.
Na Grécia Antiga, triângulos eram frequentemente usados em templos e sítios sagrados, tanto pela sua simetria quanto pelo simbolismo que evocavam. Esses locais sagrados foram muitas vezes organizados em alinhamentos triangulares específicos para formar padrões geométricos complexos no terreno, os quais incluíam o uso do número áureo e distâncias calculadas para refletir proporções divinas. Alguns exemplos notáveis de triângulos sagrados incluem alinhamentos entre templos famosos como o do Templo de Poseidon em Sounion e o Templo de Aphaia em Aegina, que formavam triângulos considerados geometricamente e espiritualmente poderosos.
Esses objetos não eram apenas decorativos ou simbólicos, mas também funcionavam como amuletos de proteção e veículos para conjuração de forças. Acredita-se que os Triângulos de Sardes e seus congêneres permitiam aos devotos de Hécate realizar invocações, evocações, feitiços de proteção e movimentar imagenss sagradas, além de servir como âncoras mágicas para aqueles que se dedicavam aos seus cultos.